terça-feira, 21 de setembro de 2010

Overdose de comédias românticas

Sabe aquele dia em que você está a ponto de meter o pé na jaca? Ontem nada deu certo. Eu ia fazer um monte de coisas na rua e não consegui fazer nenhuma. O saco estourando, a crise aumentando, a chuva caindo, a ponto de comer o que não devo (sanduíche, bolo, torta, comida gordurosa...) no fim da tarde eu sento no shopping e penso. "um cineminha não iria mal".
POrém, pergunto: o que se passa na cabeça dos produtores de Hollywood? Lançam os filmes ruins todos em uma época só? Todos juntos?
Esta é a impressão que tenho ao ver a seleção de filmes que está nos cinemas desta ilha infecta.
Karate Kid (ou seria kung-fu kid?)
Nosso Lar (didatismo espírita para espírita ver. Muito melhor o Bezerra de Menezes, com o Carlos Vereza)
Os Mercenários (hã... deixei o cérebro em casa)
Resident Evil (ainda não fui buscar o cérbro em casa)
Meu Malvado Favorito (crianças! crianças!)
Par perfeito (Ashton Kutcher não precisa de roteiro. O negócio é chamar a mulherada para ve-lo sem camisa)

Então, resolvi assistir a uma comédia romântica

É assim que a gente vê que o tempo passa para todo mundo. Na falta de uma comédia romântica, assisti duas. Coincidências do Amor e Amor a Distância

Sim, Drew Barrymore e Jennifer Aniston estão velhas para os papéis de heroínas românticas. A Drew ainda consegue fazer alguma coisa diferente da vida, afinal, tem talento prá caramba em outras áreas, como direção, etc, já a Jennifer... Esta eu não sei...

Mas os filmes não são ruins. Ambos se prendem na espinha dorsal do estilo, com os encontros e desencontros do amor. Coincidências é mais maduro, tratando também de questões como paternidade e conta com o talento mirim de Thomas Robinson (um mini "eu", criança melancólica, pequena e desengonçada. Não tem como não se apegar ao menino logo que ele surge olhando o caranguejo no restaurante). Jason Bateman também está ótimo como o homem que não deixou de ser menino mas é um homem, um rosto comum, "menino-homem de olhos esbugalhados", como diz o mendigo logo na primeira cena. Com aqueles olhos arregalados ele olha para nós aqui do outro lado e mostra sua humanidade. Sim, o filme não é ruim, é mais drama travestido de comédia do que comédia em si.

Já Amor a Distância me ganhou pela trilha sonora Indie. Impossível não gostar do ritmo que é imposto ao filme. Roteiro leve, divertido, piadas boas, personagens bem construídos (estereótipos não são difíceis de construir, esta é a verdade), enfim, um filme agradável. Drew está bem, Justin Long bate cartão (prá variar) mas o show mesmo quem dá são os coadjuvantes, que se esmeram em fazer boas interpretações. Vale a pena para ver os olhos grandes e azuis de Christina Applegate, sempre esbugalhados (versão feminina de Jason Bateman?) e sempre preocupados com a irmã, nãos ei se mais nova ou mais velha. Difícil estabelecer parâmetros com Drew Barrimore.

Depois da overdose de comédias românticas, ainda cheguei em casa a tempo de ver o final de Superbad na Globo, acho que foi para limpar o organismo. Não dormi antes do Jô...

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