Pela Televisão

Enquanto comia uma lasanha bolognesa deliciosa no almoço, uma matéria apresentada pela Sandra Anemberg convidava a analisar nossa comida.
Aquelas coisas de sempre. Nenhuma novidade. Minha frustração é ouvir o tipo de frase que eles falam.
"Você não é proibido de comer nada"
Tudo bem. Não sou proibido de comer nada, mas se eu comer um chocolate depois da refeição, vou explodir, tornar-me praticamente o Jabba, do Star Wars.
Olhei indignado para a tela quando a nutricionista falou.
"depois da refeição? ah, você pode comer o que quiser. Uma fruta, um doce pequeno"...
Doce pequeno? Cada vez mais chego a conclusão que tudo posso, mas nem tudo me convém...

Inchado

_ Estou me sentindo inchado...
A Dani olhou para a minha cara, tentando entender o que eu quis dizer
_ Como se eu tivesse engordado de novo.
Ainda olhava.
_ O cinto está incomodando, a camisa parece menor, sei lá.. .Uma sensação de inchaço...
_ Não é gordura?
Preferi fingir que não ouvi e continuei apalpando munha barriga, que está maior mesmo.
_ Acho que estou retendo líquidos.
_ Deve estar retendo mesmo é comida. Não tem comido mais, não?
Saiu dando risada da minha cara. Preferi não comentar. Estou inchado, não gordo. Daqui há pouco passa...

Questionário no Supermercado

Pesquisadora: Nome?

Gordinho: tal e tal...

Pesquisadora: Idade?

Gordinho: 29

Pesquisadora: Profissão?

Gordinho: Gestor de RH. Não... Jornalista. Não... eu não sou mais gestor. Mas ainda não sou jornalista. Sou desempregado. Isso é ocupação? Não... isso é desocupação. Sou quase desempregado... ah, desisto. Põe jornalista mesmo...

Pesquisadora: Estado Civil?

Gordinho: Divorciado. Digo, ainda não saiu o divórcio, então, casado. Não... não sou casado... separado. É separado? isso é estado civil?

Primo do Gordinho que estava no supermercado com ele: Se até concubinato é estado civil...

Gordinho: Então, separado.

Pesquisadora: Endereço?

Gordinho: Ainda não sei o endereço dos meus pais. Já não moro mais no apartamento que morava...

Primo: Não precisa explicar tudo...

Pesquisadora: Telefone?

Primo: Ih... nem pergunta... ele é o homem das cavernas. Não tem celular e diz que é por princípios

Gordinho: Eu vivi em um tempo onde as pessoas não conseguiam importunar as outras por celulares...

(olhar incrédulo da pesquisadora)

Primo: Ele se comunica por sinal de fumaça.

Gordinho: Telegrama

Primo: Telex

Gordinho: Fac-símile

Pesquisadora ainda olha incrédula.

Gordinho: Quer a caixa-postal?

Primo faz um facepalm e sai andando. Pesquisadora desiste e agradece. Eu fico pensando que preciso me organizar.

Dieta de palavras

Ando fazendo dieta de palavras por aqui. Tenho falado pouco, fechei o outro blog, ando me contendo de dizer o que sinto. Acho que, em certos momentos, faz bem.

Faz emagreceros pensamentos ruins, diminui a fome dos outros por saber de você, aumenta a saúde das relações. Falar menos emagrece e faz bem.

Também não posso me dar uma dieta macrobiótica de palavras mentirosas. Estas te emagrecem, mas ainda deixam com fome.

Faça a dieta da escolha das palavras certas. Fale menos, ouça mais, exercite os ouvidos e os sentimentos. Me conter tem-me feito bem.

E quem quiser, continue acompanhando por aqui. aos poucos, voltando a programação normal.

inté.

Chuva que não para

Dois quilos depois de começar a correr (sim! surtiu efeito!) o tempo mudou. Chove em Santos. Toda noite. Todo dia. Chove sem parar. Chove continuamente. Só não chove canivete porque o orçamento do céu anda curto.

Não posso correr. Meu irmão já sugeriu uma academia, mas não me adapto a aparelhos de tortura que eu pago para usar. É meio masoquista (e sempre me vem a imagem das instrutoras com o consolo atolado no sfincter gritando desesperadas “vai.. assim... comigo... isso...”) e eu não curto muito sentir dor.

Porém, o corpo está pedindo EN-DOR-FI-NA e eu estou precisando fazer alguma atividade física.

Acho que vou jogar xadrez.