_ Suflê de espinafre
_ Desde quando você gosta de suflê de espinafre?
_ Desde que experimentei suflê de espinafre
_ Mas, filho, eu sempre fiz suflê de espinafre e você nunca comeu.
Minha mãe e sua tendência autodestrutiva de achar que ninguém a ama. Acho que é genético.
_ Mãe... eu vou comer o seu suflê de espinafre quando a gente estiver em casa. É que o daqui é diferente.
Pronto...
_ Diferente.
Então, minha mãe, virou os olhos e eu quase vi alguns meteoritos caindo sobre uma das luas de Júpiter, e quase senti a dor de todas as cólicas renais causadas por aquela vidrada de olhos na Somália. Sim. Um país inteiro podia ser dizimado pelo olhar fulminante de minha mãe sentindo-se rejeitada.
_ Mãe, diferente não é melhor. É diferente.
_ Como você sabe que é diferente se você nunca comeu meu suflê de espinafre.
Pois é. Adivinha o cardápio de domingo?
eu adoooro suflê de abobrinha...
ResponderExcluirDescobri há pouco, assim como o foi com a manga e com outras coisas. Devagar descubro os sabores. Gosto da experimentação. Na mesa, não tenho medo. Ao contrário, pode-se dizer-me um bravo cavaleiro a enfrentar as melhores e as piores iguarias, sejam queijos mofados, vitelas ao molho pardo, rãs, tatus ou quaisquer outras guloseimas que se me apresentem. Filho de dois cozinheiros, não medro diante dos pratos, atacando com tal voracidade e vontade que me permito a gula. Ah, a gula,, este pecado que Deus pôs no mundo para compensar os que tem fome. Da-me prazer fartar-me a esmo.
ResponderExcluiré, eu sou meio fresca com comida, bem básica mesmo... as experimentações não são comigo. rs
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