Revirei baús digitais esta semana. Encontrei um CD há muito perdido que contém A Viagem de Angelo inteira dentro de si. Vaguei e divaguei. Esta tem sido uma semana para lembrar serenatas antigas e revisar amores mal resolvidos.
Conversei com meu primo sobre a ligação da Principezza. Disse que queria entender o que estava acontecendo, que eu não entendia. Ele sabe mais das mulheres que eu (qualquer um o sabe, na verdade) e me deu algumas ideias. Falou sobre carência, falou sobre dependência e sobre o perigo de dizer a ela o que realmente sinto (não que seja segredo, mas verbalizar não está nos meus planos).
Eu pensei seriamente e preferi não correr o risco. Hoje foi a reunião de fim de ano da empresa onde trabalhávamos. No mesmo lugar onde eu a vi da outra vez. Mesma casa, mesma praia, mesmas lembranças de sua blusa preta e da calça jeans que deixava sua bundinha tão redondinha. Suspirei olhando o mar e falei entre dentes.
"Filha da puta".
Sentado no carro ao lado do meu primo, estacionados na frente da casa da Gabi, ela chegou e ele falou.
"A Gabi é alguém prá quem você pode pedir opiniões sobre várias coisas. Quer ver? Gabi, se você liga para um ex seu as duas da manhã de um sábado, o que você quer?"
"Dar".
(silêncio. Eu falo)
"É... acho que posso usar os conselhos da Gabi às vezes. O que não é o caso agora"...
Jogamos video game a noite inteira. Até duas ou três da manhã. Era terça-feira e eu tinha me separado oficialmente.
Quero olhar para a frente, mas o passado insiste em se ocultar no meu presente...
gabi é sábia...
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